sábado, 28 de abril de 2012

pobres poetas


a samir benjamim e weslley almeida

(...)
que se perdem
tristes
afogados no nanquim
duma pena pálida

ou num copo de cerveja
(quase) quente
ou numa taça de vinho
doce

derramam seu pobre alfabeto
sobre folhas vãs
e pálidas
ouvindo o silêncio dos surdos
ou vivaldi

mendigando alguma migalha
de verso
se submetem insones
à noite insone

pobres leitores
igualmente mendigos
e corujas
aprendizes de poetas
(ou quase)

henrique magalhães
(todos os direitos reservados)

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